Mostrando postagens com marcador Paradise Lost. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paradise Lost. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os melhores discos lançados em junho segundo o Heavy Metal About

11:55

A alta qualidade dos lançamentos de junho tornou difícil a confecção deste top 5. No fim, o High on Fire triunfou com o seu mais recente disco. O restante da lista combina algumas bandas veteranas com outras menos conhecidas e que têm tudo para construir um futuro brilhante. Abaixo está a lista com os melhores álbuns de heavy metal lançados em junho de 2015.


High on Fire - Luminiferous

Os riffs de Matt Pike sempre foram a característica dominante do High on Fire, mas em Luminiferous este protagonismo divide espaço com a seção rítmica. A bateria de Des Kensel soa apocalíptica, e o baixo de Jeff Matz cimenta as batidas de Kensel. Juntos, eles forjam uma cozinha que soa como o choque de asteróides gigantes. Não há performances fracas assim como não existem faixas fracas em Luminiferous. Como os cães latindo ao localizar suas presas e os guardas da prisão devolvendo seus fugitivos, o novo álbum do High on Fire deixa tudo para trás em cinzas ardentes. Nós, os inocentes, somos testemunhas do melhor disco da banda.


Paradise Lost - The Plague Within

The Plague Within é o disco mais pesado da carreira do Paradise Lost. As guitarras são esmagadoras, e Nick Holmes nunca soou tão gutural antes. “Terminal" e “Flesh From Bone” são destaques óbvios, e transmitem a mensagem de que a banda não terá nenhuma misericórdia. Não consigo pensar em muitos nomes que lançaram um registro tão relevante e forte tendo mais de 25 anos de carreira. Um disco que é um presente para os fãs, que clamavam por um retorno da sonoridade mais agressiva dos ingleses.


Vattnet Viskar - Settler

Christa McAuliffe, a “professora do espaço” que faleceu quando o ônibus espacial Challenger explodiu 73 segundos após a sua decolagem, em 1986, é a inspiração para este disco. O cantor e guitarrista Nick Thornbury afirmou que quando viu a foto original - que é também a capa do álbum -, a imagem tornou-se a sua principal fonte de inspiração. Essa influência é fácil de ouvir em Settler, um registro que varia entre momentos de crescente euforia, melodias flutuantes e ritmos furiosos. A faixa de abertura, “Dawnlands”, inicia com uma explosão de feedback e percussão, e em seguida lança uma cacofonia enegrecida sobre o ouvinte. O disco traz uma sensação de liberdade, transmitindo a alegria da exploração, da leveza pura e da antecipação.


Cloud Rat - Qliphoth

O que temos aqui é uma nuvem eclética de hardcore poderoso e grindcore, com uma mensagem que está em falta no restante da cena. Em Qliphoth, este quarteto temível chuta todas as portas, mas isso não significa que não possamos ter alguns momentos mais atmosféricos onde o conteúdo lírico vem à tona. O resultado é uma atmosfera influenciada pelo Kylesa, vocais no estilo de Rorschach, com a intensidade do Converge e o ruído do Sonic Youth. O Cloud Rat opera em um nível nada simples de explicar. Se você curte alguma seriedade na música extrema, ouvir a banda é uma obrigação.


Abyssal - Antikatastaseis

A menos que você seja um fã super familiarizado com o death metal underground, você provavelmente nunca ouviu a banda inglesa Abyssal. Seus dois primeiros discos foram lançados de forma independente, e eles não se apresentam ao vivo nem dão entrevistas. Mas isso está prestes a mudar com o lançamento deste terceiro disco, que saiu pela Profound Lore Records. O som é grandioso, combinando o esmagamento do death com muita atmosfera e ambientação. É brutal, com ruídos death metal intelingíveis fincados profundamente na mistura. Há também passagens cheias de groove e influências de doom, o que faz com o ritmo mude constantemente. Um som extremo, técnico, extremanente musical e com arranjos de qualidade, que resulta em um álbum de death metal muito convincente.

(matéria traduzida)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Paradise Lost - The Plague Within (2015)

15:26

Há mais de 25 anos na estrada, a banda inglesa Paradise Lost já atravessou diversas fases em sua carreira. Nos primeiros anos, foi fundamental para o surgimento, evolução e popularização do gothic metal, gravando clássicos indiscutíveis como Shades of God (1992), Icon (1993) e Draconian Times (1995). Depois, passou por um período onde explorou novas influências, incorporando elementos eletrônicos e de synthpop, notadamente em Host (1999). E então, usou a experiência para equilibrar a sonoridade clássica com o desejo de experimentação e renovou a sua música fazendo-a soar revigorada e alinhada à atualidade em trabalhos como In Requiem (2007), Faith Divide Us - Death Unites Us (2009) e Tragic Idol (2012).

The Plague Within, lançado no início de junho, é o décimo-quarto álbum do Paradise Lost é mantém a ótima fase vivida pela banda nos últimos anos. Produzido por Jaime Gomez Arellano, traz o quinteto formado por Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh (guitarra), Aaron Aedy (guitarra), Steve Edmondson (baixo) e Adrian Erlandsson (bateria) em dez faixas inéditas que mostram que os ingleses dominam plenamente a música que executam. A banda sabe exatamente onde encaixar os riffs, quanto alternar os ritmos, o momento certo para mudar a dinâmica de cada faixa. O domínio que o Paradise Lost demonstra sobre a sua arte em The Plague Within, além de transmitir uma segurança absurda, mostra que a banda atingiu definitivamente a maturidade.

Variando entre faixas mais lentas e que retomam a herança doom do início da carreira e outras onde o ritmo é mais acelerado e agressivo, o grupo construiu um disco muito interessante, com cada faixa apresentando caminhos ao mesmo tempo distintos, mas que soam interligados no conjunto da obra. A força de The Plague Within está na soma das dez faixas que compõe o álbum, e não focada em apenas algumas composições. Ainda que canções como “No Hope in Sight”, "Terminal”, “Punishment Through Time” e “Beneath Broken Earth” se destaquem em um primeiro momento, as audições contínuas revelam um trabalho coeso e dono de uma força descomunal.

Soando com uma espécie de cruzamento entre o Celtic Frost e o The Sisters of Mercy, The Plague Within é um dos grandes discos da carreira do Paradise Lost, e, muito provavelmente, o trabalho mais forte dos ingleses desde o clássico Draconian Times. É a banda retomando e renovando a sua identidade, e mostrando que ainda tem muito a dar ao fãs do rock repleto de peso. 

Indicadíssimo!

About Us

Recent

Random