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terça-feira, 2 de junho de 2015

Os melhores discos de maio segundo o Heavy Metal About

11:49

Arcturus - Arcturian

Resumindo, Arcturian é um dos melhores álbuns de black metal sinfônico desde Puritanical Euphoric Misanthropia, lançado pelo Dimmu Borgir em 2001. Embora o Arcturus seja conhecido pela abordagem predominantemente progressiva e avant-garde de discos como La Masquerade Infernale (1997), eles alcançam o seu melhor quando focam na quantidade certa de peso e melodia. O Arcturus é facilmente a melhor banda a seguir esse caminho atualmente, e eles gravaram uma obra-prima em Arcturian.


Faith No More - Sol Invictus

Como todos os discos do Faith No More, Sol Invictus é o seu próprio animal. Ele captura todas as facetas do legado da banda norte-americana enquanto soa simultaneamente moderno e atual. Tão originais quanto os vocais de Mike Patton, as faixas são igualmente impressionantes. O tecladista Roddy Bottum tem uma responsabilidade enorme por fazer o grupo soar original e independente. Sol Invictus funciona em todos os níveis, apresentando momentos cativantes como “Superhero”, “Rise of the Fall” e “From the Dead”. Cada faixa traz paisagens sonoras agradáveis e melodias imediatamente acessíveis. Sol Invictus é uma realização gigantesca, e o disco pode se sentar confortavelmente ao lado do restante do catálogo do Faith No More.


Drudkh - A Furrow Cut Short

O Drudkh aperfeiçoou a sua abordagem com uma mistura brilhante entre black metal e o uso sutil de melodias. Baseando-se em contos populares de sua herança ucraniana e entregando ao ouvinte vocais em sua língua nativa, a banda conseguiu chegar até os fãs ocidentais devida à qualidade de seu trabalho. A música do Drudkh consegue manter um senso de direção, conduzindo para um céu escuro, florestas cinzentas, ventos gelados e planícies desoladas. Ser capaz de evocar esse sentimento em ouvintes não-nativos é um grande feito. A Furrow Cut Short é uma excelente introdução aos ouvintes não familiarizados com a banda e, em qualquer parâmetro, trata-se de um excelente disco.


Sigh - Graveward

Mergulhado profundamente na tradição japonesa e nos filmes de terror italianos, o Sigh arrancou uma obra-prima da loucura em Graveward. As faixas passam como um relógio da Apple enlouquecido, com cada canção tão coesa quanto a exibição dos aplicativos do gadget. Estranho, mágico e maravilhoso, trata-se de um disco sem nenhum momento de tédio. O Sigh às vezes soa complexo, difícil de entender e difícil de parar de ouvir depois que o álbum começa a fazer sentido. E é claro que tudo aqui faz sentido.


Obsequiae - Aria of Vernal Tombs

O Obsequiae avança com força sobre os elementos clássicos de sua música em todo o seu segundo disco. A inclusão de instrumentos como uma harpa vibrante dá uma vibe de Idade Média para o álbum, complementando o trabalho de guitarra exuberante. A música aqui não está muito longe da estreia do grupo, mas há uma ligeira maturação que aguça o resultado final. Há um equilíbrio universal que segue de canção em canção, amarrando todo o disco.

(matéria traduzida)

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Faith No More - Sol Invictus (2015)

18:30

18 anos. Quando somos adolescentes, sonhamos alcançar este idade mágica. A maturidade. Poder fazer a carteira de motorista. Ser maior de idade e mais um monte de coisas. Fiz 18 em 1990, ano em que o Faith No More começava a estourar com The Real Thing, disco lançado em 1989 e que traz alguns dos maiores clássicos da banda, como “Epic”, “From Out to Nowhere” e “Falling to Pieces”. Apesar do enorme sucesso, confesso que prefiro o álbum seguinte dos norte-americanos, o sensacional Angel Dust (1992), um dos discos mais agressivos e imprevisíveis em que já coloquei os ouvidos. 

Mas também me sinto obrigado a confessar que, na verdade, o Faith No More nunca foi uma das minhas bandas favoritas. Não sei dizer o motivo, mas o grupo nunca me bateu de maneira profunda a ponto de figurar naqueles infinitos top 10 que a gente que gosta de música e cultura pop elabora todas as semanas. Reconheço a criatividade e admiro a inquietude do quinteto  que alcançou o seu ápice em Angel Dust em minha opinião, mas Mike Patton e companhia nunca me comoveram a ponto de me deixar de joelhos por sua música.

18 anos. Este é o tempo que separa Album of the Year (1997) de Sol Invictus, primeiro disco de inéditas do FNM em quase duas décadas. Lançado em 18 de maio, o play foi produzido pelo baixista Billy Gould. O time é praticamente o mesmo: Patton nos vocais, Gould no baixo, Roddy Bottum nos teclados e Mike Bordin na bateria. A única mudança é Jon Hudson no lugar de Jim Martin, o guitarrista com cabeleira crespa de fazer inveja a Slash. Mas Hudson já estava no disco lá de 1997, então a festa continua.

As dez faixas de Sol Invictus podem ser resumidas em uma palavra: maturidade. Sim, aquela mesmo que a gente teoricamente alcança aos 18 anos, mas que, na verdade, leva muito mais pra chegar (ou, como diria o escritor gaúcho André Takeda, autor de O Clube dos Corações Solitários: “a maturidade é uma fase, a adolescência é para sempre”). Investindo na pluralidade que sempre foi uma de suas marcas registradas, a banda entrega caminhos diferentes em cada uma das canções de Sol Invictus. Do que se espera do quinteto na roqueira “Superhero" a uma valsinha satânica e roqueira em “Rise of the Fall”. Da soturna e climática faixa-título à contemplativa e sombria “Cone of Shame”, onde Patton alterna momentos onde canta com outros em que declama a letra como um velho ator de filmes de terror na escola de Vincent Price. Ou o pop que lembra os Wings de Paul McCartney em “Black Friday” e o seu oposto, a experimental “Motherfucker”, cujo título é cantado com toda pompa e circunstância em seu refrão. Ou a visita ao clima da Broadway na linda “Matador”, um contraste com a simultaneamente ensolarada e contemplativa “From the Dead”, que fecha o álbum.

Quanto tinha 18 anos, eu imaginava que ao alcançar os 42 anos a minha vida já estaria toda resolvida, com tudo o que sempre quis e sonhei. Hoje, aos 42 anos, muitos dos sonhos daquele garoto de 18 anos continuam vivos, convivendo lado a lado com as responsabilidades, os desafios e os cabelos brancos que o tempo trouxe. Talvez isso seja a tal maturidade, vai saber. O que sei é que Sol Invictus é um dos melhores discos lançados pelo Faith No More em sua carreira, e está lado a lado com The Real Thing e Angel Dust como os momentos mais altos de sua discografia, o que não quer dizer pouca coisa.

Um dos melhores álbuns de 2015, sem dúvida!

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