sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Um disco por dia: Benny Carter - Jazz Giant (1958)

19:00

Nascido em 8 de agosto de 1907 em Nova York, Benjamin Lester Carter foi um saxofonista, multi-instrumentista, arranjador, compositor e bandleader norte-americano. Sua longa carreira contém uma das mais extensas, influentes e cultuadas trajetórias da história do jazz.

Apreciador do sax alto, Carter também tinha grande habilidade e técnica no trompete e dominava igualmente o clarinete, o piano e o trombone. Grande improvisador, fazia o som do seu saxofone flutuar sobre harmonias complexas, que geravam agradáveis melodias aos ouvidos. Benny Carter foi também um dos criadores das big bands, antecipando conceitos harmônicos que seriam utilizados mais tarde no bebop.

Jazz Giant, lançado em 1958, é um dos pontos mais altos de sua carreira, e um documento da época em que o swing dava as cartas no gênero. Cercado por músicos da costa oeste - além do próprio Carter no sax alto e no trompete, o grupo era completado pelo também cultuado Ben Webster no sax tenor, Frankie Rosolino no trombone, Andre Previn e Jimmy Rowles no piano, o excelente Barney Kessel na guitarra, Leroy Vinnegar no baixo e Shelly Manne na bateria -, Benny conduz os instrumentistas em uma das sessões de jazz mais iluminadas, e abençoadas, do século XX.

O disco é um deleite aos ouvidos. Os solos de Carter são gentis e elegantes. Webster complementa e se contrapõe a Benny, entrelaçando sons de seu instrumento às harmonias conduzidas por Carter. Kessel brilha intensamente, com um trabalho e um timbre de guitarra que demonstram que o instrumento não serve apenas para criar pesados e distorcidos riffs, como muita gente pensa.0

Entre as faixas, momentos sublimes como a abertura, "Old Fashioned Love"; a versão arrepiante de "I´m Coming Virginia"; o ritmo quebrado e contagiante de "Blue Lou"; a clássica "Ain´t She Sweet", perfeita para se ouvir caminhando sem rumo por aí; "How Can You Lose", com passagens arrepiantes de Carter no trompete; e a jam "Blues My Naughty Sweetie Gives to Me", que fecha o play com gostinho de quero mais.

Ainda assim, nada se compara ao andamento repleto de malícia e sensualidade de "A Walkin´ Thing", uma daquelas composições que tem o poder, já em suas primeiras notas, em seus primeiros segundos, de nos transportar para mundos desconhecidos e maravilhosos, repletos de cores e sensações que hipnotizam de tal maneira que fazemos questão de sempre voltar para lá.

Enfim, como já li em vários artigos, Benny Carter é provavelmente o maior bandleader desconhecido da história do jazz, o que a simples audição desse disco já comprova ser uma gigantesca injustiça.

Jazz Giant é um daqueles álbuns que, por mais que fiquem bonitos em sua estante, funcionam melhor ainda quando teimam em não sair do aparelho de som. Faça a experiência: coloque o disco para tocar e daqui a algumas semanas, quando você já o tiver ouvido dezenas de vezes e ainda sentir o mesmo frescor inicial da primeira audição, me diga se eu não estou correto.

Todos os dias, um review analisando um título da minha coleção. Pra ouvir na boa e de bem com a vida.

10 opiniões sobre Forged in Fury, novo álbum do Krisiun

12:44

O retorno do Krisiun com Forged in Fury é um dos lançamentos mais aguardados pelos fãs de metal neste ano. E a recepção do álbum tem sido bastante positiva na imprensa especializada, como mostram as opiniões abaixo.

A questão é a seguinte: Forged in Fury não é perfeito, mas entrega o sempre bem-vindo death metal old school brasileiro. O disco é pesado e cru, e merece ser ouvido.
Metal Sucks

O álbum é uma salada de riffs da melhor safra, decorado com impressionantes performances individuais, embora algumas peças obsoletas de alface e anchovas façam a gente torcer um pouco o nariz. Sendo o Krisiun uma banda frequentemente ofuscada pelos seus conterrâneos do Sepultura e outros nomes do death moderno como o Nile, Forged in Fury não tem força suficiente para colocar o grupo no status de novos salvadores da cena, mas é um álbum agradável de death metal, honrando o legado do trio.
Angry Metal Guy

Forged in Fury é um bem-vindo retorno do principal nome do death metal brasileiro. O disco entrega alguns momentos de brilhantismo musical, mas não será um divisor da águas para a banda.
Sputnik Music

O Krisiun expandiu o seu som em Forged in Fury, em um movimento que incorporou elementos não tão diferentes por si só, soando mais como um ajuste dentro do que a banda conhece. E assim, entregam um álbum que, simultaneamente, consegue se manter fiel à sua sonoridade e se aventurar por um território mais amplo.
Metal Injection

Enquanto o Krisiun se manter fiel ao seu som, manterá de maneira consistente a sua capacidade de criar um death metal brutal e técnico. O legado da banda é bem conhecido, e Forged in Fury segue levando isso adiante.
Skull ’n' Bones

O Krisiun chega ao auge de sua carreira com Forged in Fury. Aqui está a diferença entre líderes e seguidores. A banda brasileira sempre pertenceu à primeira categoria, e isso está mais claro do que nunca em 2015.
Metal Hammer

Seguindo os trabalhos recentes, as músicas extremamente velozes dividem espaço com passagens mais cadenciadas e lentas, explorando cada vez mais a variação de ritmos e tempos. Mas a brutalidade sonora predomina. Os músicos mostram a forma de sempre e, graças à ótima qualidade da gravação, fica fácil analisar o que cada um tem a oferecer. Forged in Fury amplia com valor o catálogo da banda e comprova que mudar, a essa altura, não vale a pena.
Rolling Stone

Fãs do Krisiun, headbangers das antigas e fãs de qualquer uma das bandas de Max Cavalera vão adorar este disco. Forged in Fury é bateção de cabeça pura!
Metal Obsession

No meio de “Soulless Impaler”, Alex Camargo rosna: “você não pode matar o que não pode morrer”. Isso resume o Krisiun e seu implacável ataque de metal extremo. Um disco essencial!
Toxic Online

Vinte anos se passaram, e a fórmula perdeu o brilho. Como fã, espero e torço por algo especial e muito melhor no próximo disco.
The Sludgelord


A infância perdida de Daenerys Targaryen, o segundo disco do Boogarins e o que muda quando você tem um filho

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

10 opiniões sobre Archangel, novo álbum do Soulfly

14:32

Compilei dez afirmações sobre Archangel, novo disco do Soulfly, retiradas de reviews publicados pela mídia especializada. De uma maneira geral, o álbum recebeu elogios entusiasmados, com um ou outro veículo fazendo críticas mais pesadas. 

Ainda não ouvi o disco. E vocês? O espaço nos comentários está disponível pra quem quiser dar a sua opinião sobre o play.

Devido a sua impressionante discografia, Max Cavalera pode ter cometido alguns deslizes em sua carreira, o mais claro deles o desigual Conquer (2008). A experiência com o irmão Iggor em Pandemonium, lançado pelo Cavalera Conspiracy no ano passado, claramente ajudou Max a mostrar os dentes novamente. Archangel é o álbum mais pesado e emocionante que o ícone do metal gravou em anos. São apenas 36 minutos de música, um esforço colossal! Bem-vindos de volta, caras!
Team Rock

Há grandes momentos em Archangel, um trabalho sólido e agradável com potencial para colocar o Soulfly de volta aos holofotes, onde a banda esteve no final dos anos 1990 e início da década de 2000. Archangel possui um título adequado, conduzindo o Soulfly para um estilo mais maduro, iniciando o próximo passo da jornada mística e musical da banda.
Metal Injection

Archangel é o trabalho mais ousado e refrescante do Soulfly desde Prophecy (2004).
Blabbermouth

Archangel é um disco matador! As dez faixas estão espalhadas por densos 36 minutos, onde nenhum riff se perde e nada soa desnecessário. O Soulfly sempre foi uma banda sólida, com uma forte base de fãs, mas agora a banda realmente deu um passo à frente. Aqueles que não escutam o grupo há tempos irão se surpreender com o disco.
Loudwire

Gosto de muito do que Max Cavalera já produziu, e admiro a sua contribuição para o metal. Mas, analisando este disco, acho que é um bom momento para Max dar um passo atrás e recarregar as suas baterias criativas. Os últimos álbuns do Soulfly e do Cavalera Conspiracy são fracos, e Archangel segue a mesma linha. Ordens médicas para Max Cavalera: fique longe dos estúdios pelo menos até 2017!
Angry Metal Guy

De maneira geral, pode-se afirmar que o Soulfly está de volta ao jogo com seu novo disco. Eles nunca poliram nada e sempre deixaram claro o seu amor pelo metal, vendendo suas almas para o gênero.
Metal Temple

O Soulfly prova, mais uma vez, que éuma banda que merece reconhecimento. Archangel é, definitivamente, o seu trabalho mais diversificado e consistente até agora.
Skulls 'n' Bones

A fórmula Cavalera funciona melhor do que nunca, transformando Archangel em desejo de consumo para todo e qualquer fã de metal.
Metal.de

Archangel não irá convencer quem nunca curtiu o Soulfly, mas é uma adição significativa ao catálogo da banda e facilmente muito melhor que o disco anterior, Savages.
About Heavy Metal

Deve ser difícil para uma banda gravar o seu primeiro álbum realmente bom apenas dezoito anos depois da sua criação, e ainda por cima ser apontada como um dos ícones responsáveis por um dos gêneros musicais mais deploráveis já paridos, o nu-metal. Archangel dá sequência à inclinação recém-descoberta do Soulfly em direção ao metal extremo, iniciada em 2012 com Enslaved. O disco está longe de soar inovador, mas possui potencial.
Metal Sucks

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

10 opiniões sobre Meliora, novo álbum do Ghost

18:34

Ainda não ouvi o novo álbum do Ghost. Meliora será lançado no próximo dia 21, mas já foi disponibilizado na íntegra pela banda. E, é claro, a imprensa já recebeu o trabalho para avaliação. Abaixo estão dez opiniões sobre o disco, retiradas de artigos publicados em veículos como Metal Hammer, Classic Rock, Angry Metal Guy, Rolling Stone e outros. 

Pelo jeito, a aclamação será coletiva.

Não sabia o que esperar de Meliora, e o Ghost me surpreendeu novamente. Lamento ter duvidado dos poderes sobrenaturais do grupo. É raro uma banda mega-hypada como os suecos fazer juz a tudo que se fala sobre ela, mas é exatamente o que acontece nesse novo disco. Excelente!
Angry Metal Guy

Variando entre o AOR das décadas de 1970 e 1980 e um talento inato para o pop progressivo, o Ghost continua a desenvolver o seu próprio estilo e entrega o seu álbum mais forte até agora.
Sputnik Music

Quando se tem uma banda cheia de truques como o Ghost, o impacto visual e as respostas afiadas nas entrevistas carregam o seu nome até um certo ponto. Para ir adiante e sobreviver a longo prazo é preciso conteúdo e substância, e os suecos entenderam isso. O grupo tem composto canções mais fortes a cada disco, mas ainda estão longe de lançar uma obra-prima completa. Talvez em seu próximo trabalho, o Ghost consiga encontrar o equilíbrio entre os anseios de seu público e a liberdade artística que busca incessantemente.
The Quietus

A banda sueca conseguiu conjurar um terceiro álbum incrivelmente bom. Por baixo do carisma e do espetáculo lúgubre, bate o coração de uma banda muito competente. Meliora é facilmente o melhor disco do grupo, com uma execução primorosa e uma coleção de canções que consegue soar, de maneira simultânea, tão pesada quanto o Metallica e tão melodicamente sofisticada como o ABBA.
Classic Rock Magazine

Meliora é um trabalho superior a seus antecessores, e mostra o Ghost evoluindo de forma surpreendente. Se a banda continuar com esse direcionamento, caminha para deixar o posto de novidade excêntrica para se firmar entre os grandes nomes do rock.
Igor Miranda

Cercado de boas companhias entre seus admiradores, o sexteto conduz uma nova geração que renova o fôlego do rock em um mercado fortemente abatido por uma realidade com a qual não soube lidar e agora paga o preço. Sério candidato a disco do ano. E sim, o título se justifica.
Van do Halen

Meliora vem do latim e significa “melhor”. No entanto, este não é um disco exatamente melhor que Infestissumam. Ambos tem a mesma estrutura e as mesmas fórmulas e méritos. É um bom álbum, mas não avança muito musicalmente. Seria interessante o Ghost aproveitar a mudança de Papa a cada novo disco e começar a inovar também na forma musical. Mal não faria a seu culto.
Eu Escuto

Meliora é um álbum para definir a carreira do Ghost e colocar Papa Emeritus e seus demônios no topo do hard rock e do metal. Saúdem o Ghost e sua obra-prima!
Metal Injection

Os suecos invocam um êxtase eclesiástico em seu novo disco. Uma coleção diversificada e emocionante de pesadelos melodicamente afiados que gotejam em riffs e solos, embalados em um brilho doce com as reconhecíveis harmonias da banda. Se os Beach Boys e os Mamas and Papas resolvessem tocar como o Iron Maiden, soariam próximos ao Ghost.
Metal Hammer

O Ghost forjou o seu próprio estilo de música: o metal de púlpito. Adorada por Phil Anselmo e Dave Grohl, a banda explora novos temas em Meliora. Todas as canções reafirmam a conhecida musicalidade da banda, com riffs que se curvam aos seus mestres, o Metallica. O fechamento, com “Deus in Absentia”, entrega uma linda melodia acompanhado por um coro fantástico. Melioria merece muita atenção, toda ela merecida.
Rolling Stone Australia

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