sexta-feira, 19 de junho de 2015

Pra começar a ouvir: Bruce Springsteen

18:02

Nascimento: 23 de setembro de 1949, Nova Jérsei, EUA

Gênero: rock

Características principais: um dos maiores compositores norte-americanos, Bruce Springsteen faz de suas canções veículos que refletem os anseios, medos, desejos e aspirações do seu povo. Transitando primordialmente pelo rock, The Boss traz frequentemente letras que exploram temas políticos e do cotidiano, característica que faz com que suas músicas causem identificação profunda com o público. Outro ponto forte de sua carreira são as apresentações ao vivo, que costumam ser longas e com interpretações repletas de feeling

Fase áurea: 1973 a 1987 e 2002 até o momento

O clássico: Born to Tun (1975)

Discos imperdíveis: The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle (1973), Darkness on the Edge of Town (1978), The River (1980), Nebraska (1982), Born in the U.S.A. (1984) e We Shall Overcome: The Seeger Sessions (2006)

Ouça também: Greetings From Asbury Park, N.J. (1973), Tunnel of Love (1987), The Ghost of Tom Joad (1995), The Rising (2002), Devils & Dust (2005), Magic (2007), Working on a Dream (2009), Wrecking Ball (2012) e High Hopes (2014)

Álbuns ao vivo recomendados: Live / 1975-1985 (1986), Live in New York City (2001), Hammersmith Odeon, London ’75 (2006) e Live in Dublin (2007) 

Compilações recomendadas: Greatest Hits (1995), Tracks (1998), The Essential Bruce Springsteen (2003), The Collection 1973-1984 (2010), The Promise (2010) e Collection: 1973-2012 (2013)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Pra começar a ouvir: Queen

18:48

Origem: junho de 1970, Londres, Inglaterra

Formação clássica: Freddie Mercury (vocal e piano), Brian May (guitarra), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria)

Músicos importantes que passaram pela banda: Paul Rodgers (vocal) e Adam Lambert (vocal)

Gênero: rock

Características principais: com uma musicalidade riquíssima, o Queen transitou pelo hard, glam, pop e art rock durante a sua carreira. As principais características da banda eram as belíssimas linhas e arranjos vocais, além de composições repletas de crescendos emocionais e refrãos inesquecíveis

Fase áurea: 1974 a 1980

O clássico: A Night at the Opera (1975)

Discos imperdíveis: Queen II (1974), Sheer Heart Attack (1974), A Day at the Races (1976) e News of the World (1977)

Ouça também: Jazz (1978), The Game (1980), The Works (1984), A Kind of Magic (1986) e Innuendo (1991)

Álbuns ao vivo recomendados: Live Killers (1979), Live Magic (1986), Live at Wembley ’86 (1992), Queen on Fire: Live at the Bowl (2004), Queen Rock Montreal (2007), Hungarian Rhapsody: Live in Budapest (2012) e Live at the Rainbow ’74 (2014)

Compilações recomendadas: Greatest Hits (1981), Greatest Hits II (1991), Classic Queen (1992), Greatest Hits III (1999), Jewels (2004), Queen Singles Collection 1 (2008), Queen Singles Collection Volume 2 (2009), The Singles Collection Volume 3 (2010) e Queen Forever (2014)

O riff e a onomatopeia

17:12

Onde está o rock brasileiro? Por onde ele anda? Quem o está produzindo hoje em dia? Quais são as boas bandas que temos no país fazendo rock de qualidade, agora, neste momento? Essa é uma pergunta que pode ter várias respostas. Você pode responder que não há uma cena rockeira atual convincente, mas estará errado. Você pode dizer que o rockBR continua sendo feito pelos mesmos nomes de sempre, aqueles que vieram ao mundo durante as décadas de 1980 e 1990, e não estará errado. As variáveis são muitas, e todas elas passam por uma questão bastante clara: o rock brasileiro atual não chega até os ouvidos de seus consumidores.

Você está louco, dirão os mais apressados. Não, não estou. Se pegarmos a cena rockeira da década de oitenta, por exemplo, observaremos exatamente o oposto do que ocorre agora: a produção das bandas chegava até os ouvintes, as músicas invadiam nossas casas e nossas vidas. O rock tocava no rádio. Na TV. Em todo lugar. Hoje, esse processo não se dá com o rock, mas com outros estilos, como o sertanejo universitário, onipresente em todo o Brasil.

É claro que o rock nunca deixou de ser produzido neste nosso controverso país tropical (e nem será), mas é justo perguntar por onde ele anda, já que, com o seu afastamento do mainstream e das grandes massas, ficou mais difícil para as novas bandas chegarem até um novo público.

Qual foi a última grande banda de rock surgida no Brasil? NX Zero? Não. Cachorro Grande? Ótimos, mas nunca foram um fenômeno de popularidade. Los Hermanos? Foram um fenômeno de público, com seguidores fanáticos, mas não eram necessariamente uma banda de rock. Raimundos? Sim, provavelmente. E quando foi isso? No início da década de 1990. Estamos em 2013. Um longo tempo, não? Por mais que excelentes nomes como Matanza, Vespas Mandarinas e Selvagens à Procura de Lei tenham surgido nos últimos anos, nenhuma destas bandas provocou uma revolução sonora, inverteu as coisas ou conquistou o coração de multidões de fãs.

Hoje, há uma inversão na realidade quando a comparamos aos anos 1980 e 1990. O rock não é mais a música da juventude  brasileira. Não, não é mesmo. Não analise isso pensando apenas na realidade das grandes cidades como São Paulo. Olhe de maneira mais abrangente. Olhe o Brasil como um todo. O que os jovens escutam hoje em dia? Outros sons, não o rock. O sertanejo universitário é o atual pop brasileiro. Gusttavo Lima, Luan Santana, Jorge & Mateus, Fernando & Sorocaba e outros ocuparam o lugar que um dia foi de Renato Russo e Cazuza. São esses artistas que possuem identificação com a geração atual, identificação essa que pertencia às bandas de rock há alguns anos atrás.

O riff foi trocado pela onomatopeia. Antigamente, um jovem de 14, 15 anos, compunha riffs imaginários em sua mente, influenciado pelas bandas que ouvia. Hoje, um adolescente de 15 anos imagina onomatopeias, influenciado por nomes como Michel Teló e Gusttavo Lima. Tche-tche-tche-tche-rê-rê-rê-rê ... Houve uma grande queda, não há mais conteúdo (tanto lírico quanto instrumental) na música que é consumida hoje, em grande escala, Brasil afora. É tudo com uma qualidade rasteira, com arranjos simples e melodias derivativas, onde, em alguns casos, até a letra que está sendo cantada se transformou em um acessório de luxo.

Para um país como o nosso, com a tradição musical como o Brasil, reconhecido em todo o mundo como o berço de uma das músicas mais ricas e respeitadas do planeta, berço de gênios como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, Gilberto Gil, Jorge Ben e muitos outros, trata-se de uma volta à Idade da Pedra. Regredimos, estamos rastejando, atolados em um cenário que não cheira nada bem.

Em relação ao rock, como já dito antes, ele deixou de ser a trilha da maioria da juventude brasileira, substituído por outros gêneros com maior apelo junto a esse público. Naturalmente, por esse motivo, as vias que a nova produção rockeira, que as novas bandas, tinham para chegar até os ouvintes, diminuíram. De nada adiantam “rádios rock” que tocam as mesmas velhas canções de sempre, revezando-se entre “Smoke on the Water”  e “Exagerado”, “Stairway to Heaven”  e “Faroeste Caboclo”. De nada servem casas de shows que preferem contratar bandas cover a artistas autorais. Ao andar por qualquer grande ou média cidade brasileira, um desavisado pensará que está em Los Angeles ou Londres devido aos imensos cartazes que anunciam shows de nomes como U2, Guns N´ Roses, Iron Maiden e Rolling Stones – todos eles, claro, com um minúsculo adendo “cover” ao lado.

É claro que eu sei que o rock não morreu em nosso país, e jamais irá morrer. Há ótimas bandas em todos os cantos. Carro Bomba, Tomada, Baranga, Cachorro Grande, O Terno ... A lista é grande. Porém, as músicas dessas bandas precisam chegar não apenas até os meus ouvidos, mas aos ouvidos de uma parcela muito – muito, mas muito mesmo – maior de pessoas. A utopia é que uma composição do Tomada tenha a mesma popularidade do sucesso atual de Michel Teló – algo que, na realidade atual, é impossível de acontecer.

Mais espaço nas rádios, mais espaço nos palcos, mais espaço na imprensa, mais espaço em todos os lugares: é isso que o rock brasileiro de qualidade, bom de verdade, precisa. Se isso não acontecer, ele seguirá sendo, cada vez mais, um gênero relegado a um nicho específico, algo que está longe da tradição do estilo em nosso país.

Iron Maiden anuncia capa, título e data de lançamento de novo álbum - que será duplo!

13:38

4 de setembro. Uma sexta-feira. Esta é a data de lançamento do décimo-sexto álbum do Iron Maiden. Intitulado The Book of Souls, o disco sairá pela Parlophone, foi gravado em Paris durante o ano passado e tem produção de Kevin Shirley. Devido à doença de Bruce Dickinson, diagnosticado com um câncer já superado, a banda decidiu atrasar a chegada do trabalho às lojas.

A bela capa de The Book of Souls, que traz um Eddie no estilo Mad Max e com dreads, foi criada por Mark Wilkinson, ilustrador inglês que já assinou capas de artistas como Marillion e Judas Priest (incluindo Painkiller e Redeemer of Souls).

O primeiro álbum duplo de estúdio do Iron Maiden trará onze faixas, todas longas, com a menor tendo cinco minutos e mais longa chegando a 18 minutos de duração - “Empire of the Clouds”, música de encerramento do disco. Esta será a mais longa canção já registrada pelo Maiden, superando os 13 minutos e tanto da clássica “The Rime of the Ancient Mariner”. Sete das onze faixas trazem a assinatura do baixista Steve Harris, principal compositor do sexteto, sendo seis delas em parceria com o trio de guitarristas Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers, e uma assinada somente por ele. Pela primeira vez desde Powerslave, o novo álbum trará duas canções compostas somente por Bruce Dickinson - no álbum de 1984, elas eram as ótimas “Powerslave" e “Flash of the Blade”. Uma delas, por sinal, é a já citada “Empire of the Clouds”. Além disso, outras duas faixas retomam a parceria entre Bruce e Adrian, responsável por grandes sucessos do Maiden como “2 Minutes to Midnight”.

The Book of Souls será lançado em CD duplo hardbook, CD duplo standard e vinil triplo, além de versões masterizadas especialmente para o iTunes e para os serviços de streaming.

Steve Harris declarou o seguinte sobre o disco: “A abordagem do novo disco é diferente de tudo o que fizemos antes. Muitas das canções foram escritas quando já estávamos no estúdio, e foram ensaiadas e gravadas imediatamente, enquanto as ideias ainda estavam frescas. Isso deixou as faixas com um grande sentimento de imediatismo, quase ao vivo mesmo. Estou muito orgulhoso de The Book of Souls, e estamos muito ansiosos para que os fãs escutem o que fizemos”.

Bruce Dickinson também falou sobre o álbum: “Estamos realmente animados com The Book of Souls e tivemos um tempo fantástico para criá-lo. Começamos a trabalhar no disco no final do verão de 2014 (final do inverno para nós, aqui no hemisfério sul) no Guillame Tell Studios, em Paris, mesmo local onde gravamos Brave New World, um lugar que traz ótimas memórias para todos nós. Lá, descobrimos que a mesma vibração mágica presente naquele disco continuava no ar. Então imediatamente nos sentimos em casa, e as ideias começaram a fluir. Quando acabamos, concordamos por unanimidade que cada faixa era parte importante de todo o corpo do trabalho, e que por isso o melhor seria lançá-lo como um álbum duplo”.

Abaixo, o tracklist completo de The Book of Souls, com os autores indicados em cada faixa:

CD 1
1. If Eternity Should Fail (Dickinson) 8:28
2. Speed Of Light (Smith/ Dickinson) 5:01
3. The Great Unknown (Smith/ Harris) 6:37
4. The Red And The Black (Harris) 13:33
5. When The River Runs Deep (Smith/ Harris) 5:52
6. The Book Of Souls (Gers/ Harris) 10:27

CD 2
7. Death Or Glory (Smith/ Dickinson) 5:13
8. Shadows Of The Valley (Gers/ Harris) 7:32
9. Tears Of A Clown (Smith/ Harris) 4:59
10. The Man Of Sorrows (Murray/ Harris) 6:28
11. Empire Of The Clouds (Dickinson) 18:01



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