Talento, estratégia e profissionalismo: como o Iron Maiden se tornou um gigante da indústria musical

Meados de junho de 1979. Em um pub chamado The Swan, perto do famoso Hammersmith Odeon, o Iron Maiden, uma jovem banda do leste de Londres, está prestes a entrar no palco. Mas há um problema: o seu vocalista está preso a alguns quarteirões dali. Paul Di'Anno havia sido detido por estar com uma arma, uma faca encontrada pela polícia em uma inspeção de rotina do lado de fora do pub. Di'Anno era bom de papo e geralmente conseguia se livrar da maioria dos problemas, mas nesse dia ele não estava com sorte.


Há alguns conflitos internos no Iron Maiden. O mais famoso deles é a rivalidade entre Harris e Dickinson, que desde o retorno de Bruce ao grupo parece em stand-by. O que move a dupla é um objetivo comum: a determinação de fazer do Iron Maiden a maior e melhor banda de heavy metal do mundo.
Smallwood tinha grandes sonhos. “Eu sempre quis ser um manager. Admirava bandas como o Led Zeppelin, que sempre fazia grandes shows ao redor do mundo”. E em Steve Harris ele encontrou o seu Jimmy Page, um líder com talento genuíno e convicção absoluta. “Em uma banda nem todos querem liderar, mas Steve era, inquestionavelmente, o líder do Maiden, e todos ficaram felizes com isso. Depois de conhecê-lo um pouco melhor, percebi a sua grande determinação, energia e integridade. Mas Steve era 100% música, ele não queria negociar com as gravadoras. Quando cheguei, este era o meu papel”.







Bruce foi substituído por Blaze Bayley, do Wolfsbane. Para Blaze, entrar no Iron Maiden foi uma benção divina. Ele estava quebrado, e o Wolfsbane estava parado desde que havia rompido com a gravadora Def Jam, de Rick Rubin. Porém, a verdade é que Blaze nunca estava à altura de uma banda como o Maiden. Ele era um grande frontman e uma pessoa adorável, mas não conseguia cantar o material clássico do grupo. E os dois álbuns que gravou com o Maiden – The X Factor (1995) e Virtual XI (1998) – são os mais fracos de todo o catálogo da banda.


(matéria publicada originalmente na edição 159 da revista Classic Rock)