É o calor do verão (no hemisfério norte), mas a qualidade dos lançamentos de metal esfriou drasticamente em julho. Tivemos alguns discos excelentes, mas a profundidade de bons discos foi a menor de todos os meses do ano até agora. A lista deste mês inclui algumas bandas familiares, mas também nomes novos e desconhecidos, como o que encabeça a lista.
Se você precisa de uma dose diária de chutes na bunda, encontrou neste segundo disco do Sons of Huns. O trio de Portland derrama energia, coragem e atitude. Riffs matadores cheios de swing alinham-se com temas líricos profundos, com letras que exploram assuntos como filosofia, ioga, meditação, vida e morte. Mesmo não precisando de ajuda para entregar um disco excelente, a banda conta com as participações especiais de Wino (Saint Vitus) e Dale Crover (Melvins). Indicado para os fãs de The Shrine, Fu Manchu, Orange Goblin e Barn Burner.
Sturm Und Drang é uma expressão alemã que significa “tempestade e tensão”. Este é um título adequado para o álbum, que resume tudo que a banda passou ao longo dos últimos anos em um disco compacto e afiado. A típica agressividade do Lamb of God marca presença, mas há muita diversidade também. VII: Sturm Und Drang é um trabalho focado e energético de um dos maiores nomes do gênero, com o Lamb of God acrescentando mais um título de alto nível para o seu catálogo.
Perturbador da melhor maneira possível: esta qualidade está presente em todo este disco de estreia - a banda já havia lançado um EP antes. Com Rae Amitay abrindo mão da bateria e concentrando-se apenas nos vocais, os rugidos que ele emite ganharam um destaque extra. As músicas refletem a raiva e um aumento no temperamento enegrecido da banda, de uma forma radical. Algumas notas com um piano sombrio em “To a Watery Grave” não fazem diminuir a forte sensação inibidora que a música da banda transmite. Um excelente disco!
Esta parece ser a versão mais simplificada do Powerwolf. Cada faixa é construída a partir de linhas melódicas memoráveis, e a maioria das canções fica na faixa dos três minutos e pouco. Os ganchos são viciantes, tornando impossível não levantar o punho e bangear sem parar. O destaque vai para o vocalista Attila Dorn, dono de um timbre poderoso e de grande sabedoria ao usá-lo com maturidade, sem nunca atingir níveis ensurdecedores. A faixa-título inclui um riff clássico inspirado no Judas Priest e transforma-se em um hino instantâneo do metal.
As mudanças de formação parecem ter energizado o Cradle of Filth. O som segue a linha dos discos recentes da banda inglesa. Há arranjos sinfônicos intensificados pelo heavy metal agressivo que é a marca registrada do grupo. Os últimos trabalhos do COF tiveram uma recepção dividida, com elogios e críticas na mesma proporção. A entrada de novos integrantes coloca tudo em outra perspectiva, mantendo a sonoridade fiel à tradição da banda.
Sons of huns e lamb of god largam na frente.
ResponderExcluir