quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Aprendiz Verde

13:08

Tenho um interesse muito grande por serial killers. O assunto me intriga e, porque não, fascina. Já li vários livros sobre o assunto, e inclusive mantenho uma pequena biblioteca lá em casa sobre o tema. O melhor e mais completo, sem dúvida, é Serial Killers: Anatomia do Mal, escrito por Harold Schechter e publicado no Brasil pela excelente Darkside Books.

Mas você não precisa ir nas livrarias para ler sobre o assunto. Existe um ótimo site sobre o assunto. O Aprendiz Verde está no ar já há alguns anos, e traz dezenas de posts relatando crimes famosos, os motivos, os detalhes, em uma tentativa de entender esse fenômeno perturbador da história do ser humano - e não apenas do moderno, já que assassinos em série existem desde sempre.

Recomendo a leitura dos artigos do Aprendiz. De preferência, com a luz acesa. O trabalho da equipe do site é excelente, e lança um foco profundo sobre um tema muitíssimo interessante.



A pirâmide do futebol inglês

12:57

O futebol inglês tem oito divisões nacionais. Organizadas, dando lucro, atraindo público. Times da terceira, quarta divisão britânica, possuem média de 20 mil torcedores por jogo, superior à maioria das equipes do Brasileirão. Lá eles gostam de futebol, do jogo. Aqui no Brasil a maioria não aprecia o jogo, gosta apenas do seu time.

São quatro divisões principais. A Premier League, a primeira divisão, tem 20 times e nomes que todo mundo conhece como Liverpool, Arsenal, Tottenham, Everton e os dois Manchesters. A Championship é a segunda, com 24 clubes e patrocínio da Sky Bet. É o quarto campeonato mais assistido do planeta, atrás apenas da Premier League, alemão e espanhol. E é a segunda divisão. Lá estão clubes tradicionais como Birmingham , Blackburn Rovers, Fulham, Leeds United, Middlesbrough, Milwall, Nottingham Forest, Reading, Wigan e Wolverhampton, entre outros. Sobem os dois primeiros, e do terceiro ao sexto colocado disputam um play off final que não é para os fracos, com o vencedor também indo para a BPL.

Daí vamos para a terceira divisão, que é chamada de League One. Mais uma vez 24 clubes, entre eles Sheffield United, Bristol City, Fleetwood Town, Yeovil Town e Preston North End. O esquema é o mesmo da Championship: sobem os dois primeiros diretos, e mais um dos playoffs. E a quarta divisão, a League Two, com outros 24 clubes, incluindo nomes cheios de tradição como Hartlepool United, Plymouth Argyle e Portsmouth. Detalhe: todas elas estão disponíveis no FIFA, o melhor jogo de futebol para os vídeogames.

O que é fascinante nessa história toda é o tamanho e a tradição de equipes outrora lendárias e que hoje disputam, com respeito, as divisões de acesso. Está lá, por exemplo, o Leeds, sexta maior torcida da Inglaterra e maior rival histórico do Manchester United depois do Liverpool. O Leeds venceu três vezes o campeonato inglês da primeira divisão, foi cinco vezes vice, foi campeão das copas domésticas (FA Cup e League Cup) e campeão europeu. O Nottingham Forest não fica atrás: um título inglês, seis copas nacionais, bi-campeão da Champions League (1979 e 1980) e da Supercopa Européia. O mesmo vale para o Blackburn Rovers, o único time a vencer a Premier League (criada em 1992 após um racha entre os principais times do país e a federação, algo que está longe de acontecer aqui no Brasil) além dos Manchesters, Arsenal e Chelsea. O Blackburn tem três títulos ingleses, 7 copas nacionais e uma copa européia.

Essa história toda torna todas as divisões da Inglaterra fascinantes. São gigantes tentando se reerguer, se reconstruir e voltar aos dias de glória em todas elas. Um deles sempre me chamou a atenção, mas não sei dizer exatamente o motivo. Sempre gostei do Leeds, tenha uma simpatia pela equipe. Gostaria que voltassem a BPL, mas será difícil, ao que parece. O Leeds foi rebaixado para a segunda divisão na temporada 2003-2004. Por lá ficou, e em 2007 foi punido pelas altas dívidas e má administração perdendo 10 pontos no campeonato, o que o levou para a League One. Voltou para a Championship em 2010, e está lá até hoje. É um clube aparentemente má administrado, com uma torcida fanática que sonha voltar aos tempos de glória, mas a realidade está bem longe disso. Mas pode acontecer o que ocorreu recentemente com o Manchester City: como os times são empresas na Inglaterra, algum grupo de investidores pode comprar a equipe de olho no imenso potencial merdadológico que ela possui (lembrem-se: o Leeds tem a sexta maior torcida da Inglaterra) e colocar grana sem parar, contratando bons jogadores e construindo um grande time.

Pra quem curte futebol, a segunda divisão inglesa é um prato cheio. Ali está a essência do jogo: a disputa, a garra, a força, e também o talento. Não tem nada a ver com as equipes de videogame que Real Madrid, Barcelona e outros gigantes ostenta, - o que também é legal, pra ficar claro. Vale a pena conferir. Eu, pelo menos, gosto.

Maldito futebol clube

12:54

Para entender quem foi Brian Clough, esta é uma boa analogia: o treinador inglês foi o José Mourinho de sua época. Ou seja: vencedor, genial taticamente e com uma língua afiadíssima.

The Damned United, filme de 2009 dirigido por Tom Hooper, conta a história de Clough tendo como ponto de referência aquele que é o período mais controverso de sua carreira: a curta passagem pelo Leeds United.

Contextualizando: Clough começou a carreira como jogador em 1955 pelo Middlesbrough, time pelo qual jogou 213 partidas e marcou 197 gols. Depois, foi para o Sunderland, onde ficou até 1964, com 54 gols em 61 jogos. Um goleador, um exterminador de goleiros, como os números mostram, mas que se aposentou precocemente, aos 29 anos, devido a uma grave lesão.

Mas, apaixonado pelo esporte, não ficou longe dos gramados: em 1965 assumiu como técnico do Hartlepool United, permanecendo no clube até 1967. E então mudou a sua vida e fez história no Derby County, sendo protagonista do período mais vencedor do time, entre 1967 e 1973. 

A trajetória de Clough no Derby foi épica: pegou o time na lanterna da segunda divisão, e na temporada seguinte foi campeão. Na primeira divisão, conquistou a taça na temporada 1971/1972. Essa performance o levou para o Leeds, maior time britânico da época, e do qual Clough era um ferrenho crítico do estilo de jogo, duro e despencando para a violência em diversos momentos. Nada deu certo, e Clough foi demitido do Leeds após apenas 44 dias.

Mas a história ainda estava sendo escrita. Em 1975, assumiu como técnico do Nottingham Forest, e lá escreveu o seu nome de maneira definitiva entre os maiores gênios do futebol. Conquistou o acesso para a primeira divisão, foi campeão inglês em 1977/1978, venceu quatro vezes a Copa da Liga e, em um feito absolutamente incrível, levou o médio clube inglês ao bi-campeonato da UEFA Champions League nas temporadas de 1978/1979 e 1979/1980. 

Clough ficou no Nottingham até 1993. Hoje, sua figura está em estátuas tanto em Derby quanto em Nottingham, e seu nome batiza a rodovia que liga as duas cidades.

Pra quem gosta de futebol, principalmente o inglês, The Damned United é uma excelente dica. Um ótimo filme, que saiu no Brasil com o título de Maldito Futebol Clube e está disponível na Netflix. 


Stone Sour - Meanwhile in Burbank … (2015)

10:59

Gosto muito do timbre de voz de Corey Taylor. Para mim, o vocalista norte-americano, frontman do Slipknot e do Stone Sour, já alcançou o mesmo nível de lendas como Dickinson, Halford e Dio. E o seu trabalho no Stone Sour, onde deixa de lado o gutural e vai nas nuances mais melodiosas de sua voz, me agrada definitivamente.

Meanwhile in Burbank … é um EP com apenas cinco faixas, todas elas versões para clássicos de outros grupos. O tracklist é formado por “We Die Young” (Alice in Chains), “Heading Out to the Highway” (Judas Priest), “Love Gun” (Kiss), “Creeping Death” (Metallica) e “Children of the Grave” (Black Sabbath). O disco marca a estreia do guitarrista Christian Martucci e do baixista Johny Chow. Completam o time Josh Rand (guitarra) e Roy Mayorga (bateria), além de Corey.

Trata-se de um trabalho sem maiores pretensões, apenas a diversão de regravar canções marcantes na vida dos músicos e, por consequência, dos próprios ouvintes. O Stone Sour não insere mudanças substanciais na estrutura e nos arranjos das canções, não tem esse objetivo. E o resultado, talvez por isso mesmo, acaba soando autêntico e muito agradável.

Música pesada para diversão, heavy metal para o consumo em massa. Bem feito, bem executado e com um vocalista muito - mas muito mesmo - acima da média.

Recomendo a audição.

Roger Waters relembra importância dos Beatles na história do Pink Floyd

09:33

Em entrevista à revista inglesa Prog, Roger Waters relembrou as lições que aprendeu com os Beatles e o choque que teve ao ouvir pela primeira vez o álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. O disco dos Beatles foi gravado literalmente ao lado do Pink Floyd, já que ambas as bandas estavam ao mesmo tempo no mesmo estúdio, o Abbey Road. Enquanto o Fab Four desbravava o mundo do Sargento Pimenta, o Pink Floyd registrava a sua estreia, Piper At the Gates of Dawn.

Waters recorda a experiência: “Ouvi o disco pela primeira vez no carro, já que uma rádio executou Sgt. Peppers na íntegra. Fiquei totalmente atordoado. Lennon, McCartney e Harrison me ensinaram que eu poderia escrever sobre a minha vida, o que eu sentia”. Essa lição foi aplicado anos mais tarde, durante a composição de The Dark Side of the Moon. “A banda estava rachada. E foi justamente ao buscar o que realmente queríamos dizer, sem se preocupar com o que nos diziam para gravar e cantar, que recuperamos o nosso foco. Os Beatles nos ensinaram isso”.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Prateleira

18:41

Tem uma estante enorme na sala lá de casa. Uma prateleira cheia de discos, quadrinhos, livros e revistas. E memórias, histórias e recordações. É isso que esse blog terá. Textos sobre o que eu mais gosto, que fazem a vida ser divertida e valer a pena: música, quadrinhos, cinema, séries de tv, futebol e muito mais. Coisas do dia a dia, causos da vida cotidiana. Da aventura de ser pai, das descobertas ao lado do meu pequeno Matias. Sem pretensão, apenas diversão.


Sejam bem-vindos a essa prateleira. Prometo me esforçar para que a leitura seja agradável, sempre.

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