sexta-feira, 26 de junho de 2015

Pra começar a ouvir: Led Zeppelin

17:59

Origem: julho de 1968, Londres, Inglaterra

Formação clássica: Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarra), John Paul Jones (baixo) e John Bonham (bateria)

Músicos importantes que passaram pela banda: Jason Bonham (bateria)

Gênero: hard rock

Características principais: a banda que colocou o peso de maneira definitiva no rock. Guiada pela genialidade de Jimmy Page e contando com músicos talentosíssimos, o Led Zeppelin partiu do blues e redefiniu o rock gravando discos antológicos, criando estereótipos e lendas. Na minha opinião, a maior e melhor banda que já pisou neste planeta

Fase áurea: 1969 a 1976

O clássico: Led Zeppelin IV (1971)

Discos imperdíveis: Led Zeppelin (1969), Led Zeppelin II (1969), Led Zeppelin  III (1970), Houses of the Holy (1973), Physical Graffiti (1975) e Presence (1976)

Ouça também: In Through the Out Door (1979)

Álbuns ao vivo recomendados: The Song Remains the Same (1976), BBC Sessions (1997), How the West Was Won (2003) e Celebration Day (2012)

Compilações recomendadas: Remasters (1990), The Complete Studio Recordings (1993), Boxed Set 2 (1993), Early Days: The Best of Led Zeppelin Vol. 1 (1999), Latter Days: The Best of Led Zeppelin Vol. 2 (2000) e Mothership (2007)

Vídeos recomendados: The Song Remains the Same (1999), Led Zeppelin DVD (2003) e Celebration Day (2012)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Discografia Comentada: Trivium

18:25

Uma das melhores bandas do metal contemporâneo, o Trivium foi formado em 2000 na cidade de Orlando, na Flórida. Desde o início, o grupo tinha como objetivo produzir uma música que unisse elementos do metalcore, death melódico e thrash metal, a tríplice coroa que forma a identidade única do seu som. A formação inicial do quarteto contava com Brad Lewster (vocal), Matt Heafy (guitarra), Brent Young (baixo) e Travis Smith (bateria). Lewster, no entanto, deixou o grupo após alguns shows e seu posto foi assumido por Heafy, que acumulou também a função de guitarrista.

Talhada na estrada e forjada nos shows, a banda aprimorou a sua sonoridade e gravou em 2003 um EP auto-intitulado e contendo sete faixas. Este disco, lançado de forma independente, chegou aos ouvidos da gravadora alemã Lifeforce, que decidiu apostar no grupo e assinou com os americanos. O Trivium entrou então em estúdio e saiu de lá com Ember to Inferno, seu primeiro disco. 

Em 2004, já com um disco na bagagem, o Trivium adicionou um segundo guitarrista, Corey Beaulieu, e, logo depois, substituiu o baixista Brent Young por Paolo Gregoletto. Com o line-up estabilizado, a banda escalou a passos largos a hierarquia do heavy metal, lançando discos aclamados que colocaram seu nome em evidência em todo o planeta.


Com uma discografia sólida e consistente, o Trivium já lançou seis álbuns de estúdio - cinco deles pela gravadora Roadrunner -, além de diversos singles e clipes. Abaixo apresento todos os discos da banda, com comentários sobre cada um deles.


Ember to Inferno (2003)

O primeiro álbum do Trivium foi lançado pela Lifeforce em 14 de outubro de 2003. Com canções que alternam trechos mais agressivos com passagens onde a melodia é a protagonista, o embrião da sonoridade da banda está aqui. Uma das primeiras produções assinadas pelo hoje requisitado Jason Suecof (que nos anos seguintes seria o responsável por álbuns de nomes como Chimaira, DevilDriver, The Black Dahlia Murder, All That Remains e Job For a Cowboy, entre muitos outros), Ember to Inferno é, óbvia e claramente, inferior e menos maduro que os discos posteriores, mas possui as suas qualidades. Canções como “If I Could Collapse the Masses”, “Fugue (A Revelation)” e “Requiem” antecipam o caminho que a banda seguiria nos anos seguintes e apresentam frescor e energia. Bastante influenciado pelo Metallica dos primeiros anos, Ember to Inferno foi gravado quando os integrantes do Trivium eram bastante novos - Heafy tinha apenas 17 anos de idade e já impressionava pela sua performance - e reflete essa juventude em suas doze faixas. Trata-se de um trabalho sincero e interessante, que apresentou uma sonoridade singular e que seria aprimorada com afinco nos anos seguintes.


Ascendancy (2005)

Com o profético título de Ascendancy, o segundo álbum do Trivium foi o responsável por colocar os holofotes do cenário metálico sobre o quarteto norte-americano. Estreia do grupo pela Roadrunner, o disco chegou às lojas em 15 de março de 2005 e foi produzido por Matt Heafy e Jason Suecof e marcou a estreia da formação que levaria a banda ao topo: Heavy, Beaulieu, Gregoletto e Smith. A evolução em relação à estreia é atordoante, com composições que mostram o grupo a milhas de distância do disco de 2003. Aqui, a união de características de metal tradicional com a agressividade de estilos como o thrash e o death faz emergir uma música vigorosa e ao mesmo tempo acessível, e que cativou multidões em todo o planeta. Assinando todas as faixas, Matt Heafy consolidou em Ascendancy o domínio sobre o direcionamento criativo da banda, e mostrou estar no caminho certo. Outro fator digno de menção é a força da parceria de Matt com Corey Beaulieu, responsável não apenas pelas excelentes guitarras que ouvimos em todo o álbum, mas também pelo início de uma parceria que seria uma das forças matrizes do quarteto - Beaulieu é co-autor de seis das doze canções. Ao resenhar o álbum em 2007, escrevi que “o uso de elementos oitentistas, principalmente as influências de Iron Maiden e Metallica, fazem o Trivium se destacar dos outros nomes da chamada New Wave of American Metal. Os riffs de Matt Heafy e Corey Beaulieu equilibram-se entre o peso do thrash e a melodia da NWOBHM e, unidos à capacidade da banda em compor grandes refrãos, fazem com que a audição se transforme em uma experiência muito agradável a qualquer fã de heavy metal”. Entre as faixas, destaque para “Rain”, “Pull Harder on the Strings of Your Martyr”, “Drowned and Torn Asunder”, “Like Light to the Flies”, “The Deceived”, “Declaration” e “A Gunshot to the Head of Trepidation”. O alto nível geral faz até uma faixa mediana como “Dying in Your Arms”, gravada claramente com o objetivo de se tornar um hit, passar batida. Estima-se que Ascendancy já tenha vendido mais de 500 mil cópias desde o seu lançamento, e o disco se tornou um dos prediletos da legião de fãs do grupo. A imprensa também caiu de quatro pela banda, com a Kerrang! elegendo o trabalho o melhor de 2005 e a Metal Hammer colocando o álbum na sexta posição em lista de final de ano. Ascendancy foi lançado também em duas edições especiais, ambas disponibilizadas pela Roadrunner em 2006. A mais simples vem com três faixas bônus - “Blinding Tears Will Break the Skies”, “Washing Me Away in the Tides” e uma versão para “Master of Puppets”, do Metallica -, enquanto a dupla, que ganhou o adendo Special Edition ao título e uma capa diferente da original, traz um DVD bônus com clipes e o vídeo Live at the London Astoria. A tour do trabalho contou com shows no Ozzfest e no Download Festival, eventos que foram vitais para tornar o grupo mais conhecido. Um dos discos mais emblemáticos e importantes do metal dos anos 2000, Ascendancy é item obrigatório na coleção. 


The Crusade (2006)

Um ano e meio após Ascendancy e já carregando no peito o status de uma das melhores novas bandas do cenário metálico, o Trivium soltou The Crusade no dia 10 de outubro de 2006. Mais uma vez com Jason Suecof e co-produzido pela própria banda, o álbum traz treze faixas que mantém o mesmo nível do trabalho anterior, quando não soam superiores a ele. The Crusade foi o primeiro CD do Trivium a ser lançado no Brasil, e ao resenhá-lo na época do seu lançamento escrevi que “há um resgate da fase áurea do heavy metal, quando as bandas do estilo estavam entre as maiores do planeta. O Trivium dá um grande passo nesse novo álbum, transformando-se de uma promessa em uma das novas forças do metal”. Pessoalmente, gosto mais de The Crusade do que de Ascendancy, e isso passa pela percepção de que as canções deste terceiro disco são mais bem resolvidas. Tudo está no lugar certo, em faixas que trazem grandes riffs, linhas vocais cativantes, refrãos para cantar junto e melodias de guitarra que grudam de imediato na cabeça. Entre os destaques estão “Ignition”, “Detonation”, “Entrance of the Conflagration”, “Unrepentant”, “Becoming the Dragon”, “To the Rats” (uma das faixas mais velozes da carreira do grupo) e “Contempt Breeds Contamination”, além da sensacional faixa-título, uma obra-prima instrumental que desfila riffs em mais de oito minutos de uma overdose guitarrística. Ao lado das guitarras, o principal destaque do álbum é a bateria de Travis Smith, com viradas sensacionais, e também os vocais de Matt, que aqui inseriu o timbre limpo de sua voz ao lado dos já conhecidos guturais. O grupo experimenta novos caminhos em canções como “And Sadness Will Sear”, que troca a avalanche de melodia por riffs mais sincopados, e em “The Rising”, com guitarras que flertam abertamente com o festeiro hard californiano. The Crusade teve boa performance comercial, atingindo número expressivo de vendas nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Alemanha, Irlanda e na Inglaterra, onde alcançou a sétima posição nas paradas. A imprensa elogiou bastante o álbum, que ganhou nota 9 na Metal Hammer e na Total Guitar e um 3,5 de 5 na Rolling Stone. Aliás, a Metal Hammer deu ao disco a nona posição em sua lista de melhores de 2005. A turnê levou o grupo a abrir shows do Iron Maiden e do Metallica, além de excursionar junto com Machine Head, Arch Enemy, DragonForce e Shadows Fall na turnê Black Crusade.


Shogun (2008)

Lançado em 30 de setembro de 2008, Shogun é o ápice da primeira fase da carreira do Trivium. Aqui, todos os elementos que formam a sonoridade particular da banda convergem de maneira perfeita em algumas das melhores composições do grupo. Produzido por Nick Raskulinecz (Foo Fighters, Stone Sour, Rush) e pela própria banda, Shogun traz onze faixas contundentes. Ao resenhá-lo em 2008, apontei que “as influências de sempre - o thrash da Bay Area e a NWOBHM - continuam presentes, mas, diferentemente dos álbuns anteriores, que forneceram munição para alguns críticos apontarem o grupo como mera reciclagem do que já havia sido feito anteriormente, aqui elas se unem de maneira sólida na construção de uma sonoridade avassaladora e contagiante, que tem tudo para agradar tanto fãs saudosistas do metal oitentista quanto as gerações mais jovens de headbangers”. Assim como havia feito em The Crusader, Heafy alterna vocais guturais e passagens onde canta com a sua voz limpa, criando contrastes interessantes. Os destaques estão em “Kirisute Gomen”, “Torn Between Scylla and Charybdis”, o banho de melodia de “Into the Mouth of Hell We March”, “Throes of Perdition”, “Like Callisto to a Star in Heaven” e a estupenda faixa-título, um heavy metal esplêndido que beira os doze minutos de duração. O álbum foi muito bem nas paradas, chegando ao número 1 no Reino Unido, 4 na Austrália e no Canadá, 6 no Japão e na posição 23 da Billboard, além de ser top 100 em 18 países. Na crítica especializada, 4 de 5 estrelas por Chad Bower no About.com, 4,5 de 5 no AllMusic e 4 de 5 no Metal Sucks, além da 11ª posição nos melhores do ano da Metal Hammer. A turnê durou até 2009, com o grupo rodando os Estados Unidos duas vezes, onde bandas como Chimaira, Darkest Hour, Black Tide e Rise to Remain abriram os seus shows, e tocando em festivais como o Mayhem. Ainda em 2008 o álbum ganhou uma edição especial dupla com capa diferente da original incluindo três faixas bônus - “Poison, the Knife or the Noose”, “Upon the Shores” e o cover da clássica “Iron Maiden”, de vocês sabem quem - além de um DVD bônus com o making of.


In Waves (2011)

Apesar do sempre crescente reconhecimento e sucesso, o Trivium enfrentou alguns problemas na turnê de Shogun, questões essas que levaram à saída do baterista e fundador Travis Smith em outubro de 2009. Nick Augusto, técnico de bateria de Smith, foi escolhido como substituto e deu sequência à tour. Além da mudança na formação, o grupo alterou também o seu produtor, escolhendo Colin Richardson (Behemoth, Carcass, DevilDriver) para produzir o seu quinto disco. Lançado em 2 de agosto de 2011, In Waves é o melhor álbum de toda a carreira do Trivium. Amenizando um pouco as melodias e apostando em riffs curtos e sincopados, o grupo gravou um disco que se tornou rapidamente uma das referêcias do metal moderno. A banda soa mais pesada e agressiva, características que tornaram a sua música ainda mais eficiente. Puxado pela faixa-título e primeiro single, In Waves dividiu a crítica, que rachou a opinião em relação ao álbum entre reviews positivos (4/5 no AllMusic, 4/5 na Kerrang!, 4/5 no Loudwire, 8/10 na Q Magazine) e outros nem tanto (2/5 no The Guardian, 4/10 no PopMatters, 3/5 na Revolver). A mesma divisão pode ser percebida entre os fãs, com uma parcela não aceitando de bom grado as mudanças na sonoridade. No entanto, a negativa reação inicial se mostrou exagerada, uma vez que o álbum renovou a música da banda e foi, com o tempo, apagando qualquer sinal de não aceitação. As faixas são muito fortes, com destaque para “In Waves”, “Inception of the End”, “Watch the World Burn”, “Black”, “Built to Fall” e “Forsake Not the Dream”. Ao analisar o trabalho em meu review, escrevi que “é difícil enquadrar o Trivium em um estilo específico, e o mais correto é dizer que a banda faz um metal atual e contemporâneo, pura e simplesmente”. O disco chegou à primeira posição na parada de Hard Rock da Billboard, foi número 6 no Japão, 8 na Alemanha e 13 no Billboard 200. Na lista de melhores do ano da Metal Hammer, alcançou a posição número 27. A turnê levou a banda para todo o mundo - inclusive o Brasil - e os shows contaram com a abertura de nomes como Ghost, Rise to Remain, Kyng e Veil of Maya, além de uma tour como co-headliner com o In Flames e participações nos festivais Metaltown, Download e Wacken Open Air. In Waves possui uma edição especial com cinco faixas extras - “Ensnare the Sun”, “Drowning in Slow Motion”, “A Grey So Dark”, “Shattering the Skies Above” e o cover de “Slave New World, do Sepultura - e um DVD bônus com documentário sobre a produção, clipes e performance ao vivo no estúdio.


Vengeance Falls (2013)

Lançado em 15 de outubro de 2013, o sexto e até agora mais recente álbum do Trivium teve produção de David Draiman, vocalista do Disturbed, e o seu toque foi sentido com clareza no resultado final, inclusive com alguns fãs e jornalistas afirmando que certas composições soavam demasiadamente semelhantes à banda de Draiman. Conclusão equivocada e apressada ao meu ver, já que Vengeance Falls trouxe o Trivium seguindo firme em sua evolução. Em relação a In Waves, há um retorno à sonoridade que consagrou a banda, com uma quantidade maior de elementos que remetem à discos com Ascendancy e The Crusade mesclados ao caminho mostrado no álbum de 2011. Mais uma vez e como sempre, há grandes composições repletas de refrãos que encaixam de imediato, como é o caso de “Brave This Storm”, “Vengeance Falls”, a ótima “Strife”, “At the End of This War”, “No Way to Heal”, “Through Blood and Dirt and Bone”, “No Hope for the Human Race” e “As I Am Exploding”. Recebido de braços abertos pela crítica, Vengeance Falls ganhou um 8 da Metal Hammer, 4 de 5 estrelas no The Guardian e nota 7 na Classic Rock Magazine. Comercialmente, o álbum alcançou a segunda posição no Japão, a oitava na Austrália e ficou com o décimo-quinto posto no Billboard 200. Em meu review, afirmei que “Vengeance Falls tem um ponto em comum e outro nem tanto com In Waves, último trabalho da banda. O ponto em comum é que, mais uma vez, o grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Matt Heafy gravou um trabalho de qualidade superior, que beira a nota máxima. Já o aspecto que difere o novo álbum do anterior é justamente uma de suas maiores qualidades: a melodia. Enquanto o disco de 2011 havia um foco maior na agressividade, em Vengeance Falls a melodia retorna em pé de igualdade, com linhas vocais cativantes, solos que grudam no ouvido e refrãos feitos sob medida”. A turnê do álbum levou a banda através o mundo ao lado de grupos como DevilDriver, Sylosis e After the Burial. 


Além destes seis discos, o quarteto lançou também o já citado EP Trivium (2003) e inúmeros singles e clipes. Como curiosidade, vale mencionar que quatro dos seis álbuns da banda estão disponíveis também em vinil: The Crusade (2006), Shogun (2008), In Waves (2011) e Vengeance Falls (2013).


A nova do Emicida, livros pra quem gosta de House of Cards e a nova formação dos Vingadores

terça-feira, 23 de junho de 2015

Pra começar a ouvir: Iron Maiden

19:04

Origem: dezembro de 1975, Londres, Inglaterra

Formação clássica: Bruce Dickinson (vocal), Dave Murray (guitarra), Adrian Smith (guitarra), Steve Harris (baixo) e Nicko McBrain (bateria)

Músicos importantes que passaram pela banda: Paul Di’Anno (vocal), Dennis Stratton (guitarra), Clive Burr (bateria), Janick Gers (guitarra) e Blaze Bayley (vocal)

Gênero: heavy metal

Características principais: ao lado do Judas Priest, a banda que afastou o metal de suas raízes blues, injetando doses generosas de melodia em composições com climas épicos. O Iron Maiden redefiniu o uso da guitarra no gênero, popularizando a guitarra gêmea. Além disso, Bruce Dickinson se transformou no estereótipo do vocalista de metal, com suas performances repletas de energia

Fase áurea: 1980 a 1988 e 2000 até o momento

O clássico: The Number of the Beast (1982)

Discos imperdíveis: Iron Maiden (1980), Killers (1981), Piece of Mind (1983), Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986), Seventh Son of a Seventh Son (1988) e Brave New World (2000)

Ouça também: Dance of Death (2003), A Matter of Life and Death (2006) e The Final Frontier (2010)

Álbuns ao vivo recomendados: Maiden Japan (1981), Live After Death (1985), Live at Donington (1993), Rock in Rio (2002), Beast Over Hammersmith (2002), Death on the Road (2005), Flight 666: The Original Soundtrack (2009), En vivo! (2012) e Maiden England ’88 (2013)

Compilações recomendadas: Best of the Beast (1996), Ed Hunter (1999), BBC Archives (2002), Best of the B’Sides (2002), Eddie’s Archive (2002), Edward the Great (2002), The Essential Iron Maiden (2005), Somewhere Back in Time: The Best of 1980-1989 (2008) e From Fear to Eternity: The Best of 1990-2010 (2011)

Vídeos recomendados: Live After Death (1985), 12 Wasted Years (1988), Classic Albums: The Number of the Beast (2001), Rock in Rio (2002), Visions of the Beast: The Complete Video History (2003), The History of Iron Maiden, Part 1: The Early Days (2004), Death on the Road (2006), Flight 666: The Film (2009), En vivo! (2012) e Maiden England ’88 (2013)

A melhor - e mais sincera - entrevista da carreira do Sepultura

13:29

Gastão Moreira tem já há algum tempo o seu próprio canal no YouTube. Na República do Kazagastão, o ex-apresentador da MTV, Musikaos e Gasômetro tem a companhia de Clemente Nascimento, vocal e guitarra do Inocentes e também já veterano na comunicação rockeira.

Entre diversos episódios do Heavy Lero, onde a dupla destila o seu conhecimento avantajado sobre o assunto, agora Gastão também traz entrevistas. E a primeira delas é um longo papo com o Sepultura. 

Não recordo de ter assistido uma entrevista tão descontraída e ao mesmo tempo tão reveladora e sincera com a banda. Méritos inegáveis do Gastão, que é um excelente entrevistador, e faz o papo fluir solto.

Assista ao papo, sem corte algum, abaixo:

A alta qualidade de ensino na Finlândia, a nova identidade do Homem-Aranha e Taylor Swift contra a Apple

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Divertida Mente (2015)

15:48

A pequenina Boo invade o mundo dos sonhos e revela toda a doçura, medos e alegria dos monstros que amedrontam os pesadelos infantis. E assim a gente assistiu Monstros S/A, a obra-prima lançada pela Pixar em 2001. 

Carl conhece Ellie, e juntos vivem uma linda história de amor. A sequência embaixo da árvore, onde revelam seus sentimentos e vêem a vida passar, culminando com seguidas tentativas fracassadas de ter filhos, é uma das mais sentimentais do cinema. Tá tudo lá, em Up - Altas Aventuras.

Estes eram os meus dois filmes preferidos da Pixar até hoje. Também gostei muito de Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille e o magnífico Toy Story 3 e sua fábula sobre o fim da infância, mas tanto Monstros S/A quando Up estão acima destes outros, pra mim.

Mas eles acabam de ganhar companhia. Divertida Mente (Inside Out, no título original) é facilmente um dos melhores trabalhos de toda a história da Pixar. Um filme belíssimo, que retrata com sensibilidade e feeling o mar de emoções que é a vida de uma menina pré-adolescente de 11 anos, Riley Anderson, filha única, que acaba de se mudar com sua família para uma nova cidade, uma nova escola, com novos amigos.

A ideia por trás de Divertida Mente é simples e sensacional. No roteiro, a mente humana é controlada por cinco emoções: alegria, tristeza, medo, raiva e nojo. São elas as responsáveis por guiar cada um de nós pelas experiências que a vida nos revela, reagindo de acordo com cada situação e gerando as memórias marcantes que irão moldar a personalidade de cada indivíduo. A turma é liderada por Alegria, sempre cheia de energia e uma líder nata. Mas, então, acontece algo que leva Alegria e Tristeza para fora da central de controle que faz com que Riley reaja ao mundo, e ela passa a ser guida apenas pelo Medo, pela Raiva e pelo Nojo. Enquanto isso, Alegria e Tristeza partem em uma jornada pelos confins da mente da menina, encontrando o Trem do Pensamento, a Produção de Sonhos, a Ilha da Imaginação, o Subconsciente e tudo mais.

O que temos em Divertida Mente é um roteiro profundo e inteligente, que usa o aspecto lúdico para retratar um assunto pra lá de complexo e complicado: a depressão. No caso, a depressão pré-adolescente, quando, em pleno processo de formação de sua personalidade, Riley é retirada de seu mundo e vai com os pais para uma nova cidade, com gente estranha por todos os lados. Ela se sente sozinha, desamparada, e não tem mais a Alegria para lhe dar esperança, e sim apenas as decisões tomada pelo trio Raiva, Medo e Nojo.

É um filme belíssimo, com diálogos inspirados e uma conclusão que transborda feeling, onde entendemos a importância e o papel de cada uma das cinco emoções básicas que controlam a nossa personalidade.

Divertida Mente é um dos melhores filmes da Pixar, com certeza, e é também a sua obra mais sensível e tocante.

Carl e Boo ganharam uma nova campanhia. Tenha 11, 20, 30 ou 40 anos, você vai gostar de Riley.


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