Esqueça o filme lançado em 2003. Ainda que baseado na HQ, a aventura no cinema é muito inferior aos quadrinhos escritos por Alan Moore e ilustrados de maneira brilhante por Kevin O’Neill. Publicada a partir de 1999, A Liga Extraordinária traz personagens clássicos da literatura reunidos em uma equipe especial formada para combater grandes vilões. Já foram publicados sete volumes, sendo que seis deles saíram no Brasil: A Liga Extraordinária Volume I, A Liga Extraordinária Volume II, A Liga Extraordinária Século 1910, A Liga Extraordinária 1969, A Liga Extraordinária 2009 e A Liga Extraordinária - Nemo: Coração de Gelo. O único que ainda não ganhou edição nacional foi Black Dossier. Entre os personagens, estão nomes como Allan Quatermain, Wilhelmina Murray, Orlando, Henry Jeckyll / Edward Hyde, Nemo e até mesmo um quase Harry Potter. Nos quadrinhos, a violência é muito mais explícita, além de a história explorar bastante os problemas pessoais dos personagens, como o vício de Quatermain. O sexo é outro aspecto marcante, formando uma trama que difere muito, como já dito, daquela adaptação pasteurizada que foi levado aos cinemas. Os dois primeiros volumes são excepcionais, enquanto os demais apresentam oscilações mas, no final das contas, também valem a pena.
O inglês Grant Morrison é um dos mais respeitados autores de quadrinhos, e é conhecido por conceber mudanças e inovações drásticas nas tramas que escreve, que invariavelmente acabam refletindo de maneira marcante na mitologia dos personagens. Em E de Extinção, Morrison revolucionou profundamente o universo mutante, inserindo uma nova personagem que se transformou em uma grande ameaça para o futuro dos X-Men. A solução encontrada por Charles Xavier para proteger não apenas os seus alunos, mas o próprio futuro dos mutantes, foi sair das sombras e se revelar para o mundo, e a trama conta a história de tudo isso. Contendo violência e genocídio, E de Extinção é uma história genial, de cair o queixo, e que mostrou ao mundo os X-Men como nunca vistos antes.
Lançada em 1982, Camelot 3000 foi escrita por Mike W. Barr e ilustrada por Brian Polland. O enredo conta a história de uma Inglaterra ameaçada por uma invasão alienígena no futuro, e cujo retorno do lendário Rei Arthur e sua corte passa a ser a única solução possível. Muito bem escrita e com uma trama cativante, além de extremamente cinematográfica, é de se estranhar como Camelot 3000 ainda não tenha recebido uma adaptação para o cinema.
A obra maior de Alan Moore ao lado do ilustrador Dave Gibbons, Watchmen veio ao mundo em setembro de 1986 e mudou de maneira definitiva a forma como os quadrinhos passaram a ser vistos. A história traz heróis mais alinhados com o cotidiano, com medos, anseios e fraquezas, em contraste com os deuses de outrora. Isso deu origem a toda uma leva de histórias que começaram a investir em situações mais reais, humanizando os super-heróis de maneira definitiva. Watchmen virou filme em 2009, com direção de Zack Snyder, e o resultado foi muito satisfatório, mantendo-se bastante fiel à trama original.
Escrita por Garth Ennis, Preacher conta a história de Jesse Custer, um pastor que possui o poder de fazer com que qualquer pessoa o obedeça. Desiludido com Deus, resolve sair em busca do próprio, em uma cruzada por todo o território dos Estados Unidos, onde acaba cruzando com toda uma gama de personagens coadjuvantes irresistíveis. A série está sendo relançada no Brasil pela Panini, com diversos encadernados em capa dura nas bancas. Vale muito a pena.
Influenciada pela impacto de Watchmen, a DC aplicou uma lógica semelhante em seus personagens clássicos, em uma história escrita por Mark Waid e ilustrada por Alex Ross. Em uma realidade dominada por toda uma nova geração de super-heróis, em que valores como ética e responsabilidade não são as maiores prioridades, é necessário o retorno de nomes emblemáticos como o Superman e sua turma para colocar tudo nos eixos novamente. As ilustrações de Ross, extremamente realistas, causaram um enorme impacto e fizeram escola.
Neil Gaiman em sua obra clássica. Publicada entre janeiro de 1989 e março de 1996, traz a história de personagens como Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio, contadas com imaginação soberba e textos inspirados. A história foi relançada recentemente aqui no Brasil, em longos sete volumes com acabamento de luxo. Um dos momentos mais altos e brilhantes da história dos quadrinhos.
Frank Miller dá a sua versão para o universo do Batman, em uma história cheia de violência e crítica social. Lançada no início de 1986, O Cavaleiro das Trevas é a referência maior para a construção da imagem moderna do Batman, deixando de lado o pitoresco personagem humorístico da série de TV dos anos 1960 e transformando-o em um homem profundamente sombrio e abalado pelos eventos de sua vida. Ao assumir o personagem nos cinemas, o diretor inglês Christopher Nolan baseou a sua versão nesta HQ e em Batman: Ano Um, também escrita por Miller, para redefinir Bruce Wayne e o Batman para toda uma nova geração.
E do Flash e Arqueiro Verde, alguma indicação específica? Gosto das séries, dei uma pesquisada em ambos, o Flash parece ter histórias muito boas com fãs ficando divididos entre Barry Allen e Wally West como melhor flash. Em relação ao arqueiro, ele não parece ser tão marcante assim nos quadrinhos...
ResponderExcluirOi, Carlos. Do Flash não sei responder, mas parece que o encadernado dos Novos 52 que acabou de ser lançado é bem interessante (ainda não li). Sobre o Arqueiro, recomendo muito a história escrita pelo Kevin Smith, que foi lançada há alguns anos aqui no Brasil pela Panini. Não tem ainda edição encadernada, mas bem que poderia.
ResponderExcluirOlá. Esses encadernados me animaram. Vc sabe c saem frequentemente no Brasil?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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