terça-feira, 19 de maio de 2015

Hop Along - Painted Shut (2015)


A voz de Frances Quilan, vocalista e guitarrista da banda norte-americana Hop Along, me lembra o timbre da jovem Bjork nos tempos do Sugarcubes. A própria música do grupo tem influências dos islandeses, porém soa menos experimental e com um foco maior nas guitarras, o que dá uns toques sujos e um certo peso em algumas passagens.

Painted Shut é o segundo álbum do Hop Along e foi lançado no início de maio. Antes, a banda havia liberado um split ao lado do Queen Ansleis (Freshman Year, de 2006) e a sua estreia, intitulada Get Disowned (2012). 

Há uma doçura onipresente nas dez faixas de Painted Shut, em grande parte pelo timbre de Frances. Conduzindo a banda, ela toma à frente em todas as canções e é a figura central do quarteto, completado por Mark Quinlan (bateria), Tyler Long (baixo) e Joe Reinhart (guitarra).

O trabalho de composição é muito bem feito, e as influências apresentam características do punk e do pop, o que faria uma afirmação como “Big Star de saias” não soar assim tão fora do lugar.

Apontado de maneira justa como uma das boas surpresas de 2015, este segundo disco do Hop Along garante uma audição deliciosa, alternando faixas mais agitadas com momentos arrepiantes, como a bela “Horseshoe Crabs”, e delícias pop como “Texas Funeral” e “Powerful Man”. 

Pra ouvir durante dias.

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